segunda-feira, 24 de março de 2014

A experiência de uma inexperiente.

Olá a todos! Também venho relatar minha primeira experiência como tutora.
Fui convidada pela primeira vez no semestre passado, 2013.1, por um professor que tive no mestrado. Ministrei a disciplina Gestão de Operações Logísticas II, em Sobral. Essa disciplina foi um desafio grande porque não é exatamente minha área, eu vi essa matéria na graduação, mas não voltei a vê-la no mestrado. Entretanto, confiei bastante no discurso da EAD de que o professor não constrói o conhecimento sozinho, que o faz em conjunto com os alunos. Então, assim o fiz.
A começar, a experiência de ir ao interior do nosso estado, e ainda para ministrar aulas, me pareceu algo bastante especial, quase como se você fosse um “disseminador de boas novas”. Nunca tive muitos problemas para apresentar trabalhos na faculdade ou no mestrado, entretanto, ali, como professora, o papel era outro, a postura era outra, então me vi um pouco insegura. Achei que era normal, que todos passam por isso e que os alunos me perdoariam por qualquer equívoco, caso eu deixasse claro que eu também estava aprendendo. E assim foi, quando cometi erros, pedi desculpas e também fui compreensiva com alguns alunos. Tive problema com alunos que plagiaram trabalho me obrigando a invalidá-lo, pois eu tinha avisado com antecedência sobre esse crime. Tive que ouvir inclusive que essa minha postura em relação ao plágio era em função da minha inexperiência, mas não levei isso em questão, pois não acredito em professores que são irresponsáveis quanto ao aprendizado do aluno e não queria ser assim desde o meu início. Apesar desse fato, minha relação com a turma foi muito boa, ouvi elogios e vi alunos olharem fixamente para mim enquanto eu explicava (acho que isso dá uma ótima sensação para qualquer professor).
Dentre as dificuldades dos alunos também ouvi algumas, de alunos vindos de cidades vizinhas, que dependiam do horário do transporte, ou alunos mais velhos, que davam uma visão mais madura sobre algo que era exposto em sala de aula.
Apesar de achar a modalidade semipresencial mais “trabalhosa”, dado a carga de leitura e correções, frente à presencial, é muito gostoso dar aulas no EAD.  Dá uma certa saudade dos alunos e cria-se uma certa expectativa de conhecê-los pessoalmente depois de ver as fotos no Solar. Enfim, fiquei muito feliz de ter ministrado essa disciplina e esse semestre estou ministrando outras duas.

Espero ter contribuído de alguma forma para o blog. Abraços a todos!

3 comentários:

  1. Boa tarde Giselle.
    Neste sacerdócio que é ser educador, repito ser educador, temos que ter muito coração e muita razão: missão deveras difícil; mas possível.
    Permiti-me transcrever algumas partes de sua postagem que por si só são explicativas:
    “o professor não constrói o conhecimento sozinho, que o faz em conjunto com os alunos.”
    “disseminador de boas novas”
    “deixasse claro que eu também estava aprendendo.”
    “pois não acredito em professores que são irresponsáveis quanto ao aprendizado do aluno e não queria ser assim desde o meu início”
    “Dá uma certa saudade dos alunos e cria-se uma certa expectativa de conhecê-los pessoalmente depois de ver as fotos no Solar”
    Vale a todos uma reflexão.
    Sucesso!
    J Cristofilo

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  2. Giselle,

    Quero destacar duas coisas do seu depoimento: a necessidade de estudarmos bem o conteúdo que vamos ministrar e a "trabalheira"que é a tutoria.

    Muitas pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de atuar na tutoria, imaginam que é um trabalho simples, que uma "horinha" ou duas de seu dia será suficiente para responder aos alunos.

    Mas já vimos que o ensino a distância traz consigo uma carga de trabalho muito grande, que exige dedicação e horas reservadas para estudo, pesquisa, atendimento aos alunos, dentre outras atividades.

    No entanto, um dos retornos garantidos é que podemos ajudar outras pessoas a alcançar seus sonhos, a melhorar sua condição de vida.

    Muito bacana sua experiência. Sucesso em sua caminhada!





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  3. Sandra,

    Você transcreveu o que eu queria comentar: sobre o trabalho intenso que é a tutoria. E é isso mesmo, já ouvi inclusive comentários de algumas pessoas afirmando que deve ser muito fácil a tutoria - quando comentei que era também tutora. As pessoas não fazem ideia! Não é uma ou duas horinhas por dia que cobrem nossas atividades. Ser tutor é um constante processo de estudo, vivência, de aprender junto, de acompanhar o desenvolvimento, de tudo. Em alguns momentos mais intenso que aulas presenciais. Mas é também muito gratificante.

    E Giselle, em relação ao plágio, também já passei por situação semelhante a sua. Uma situação bem complicada. No meu caso, escrevi aos alunos novamente (pois no início do curso já havia informado que não toleraria plágio) informando que não citaria nomes mas que havia encontrado inúmeros casos em nosso primeiro portfólio. E estabeleci uma data limite para que, aqueles que sabiam que haviam plagiado, enviassem uma nova atividade. Quem optasse por não enviar, tudo bem, mas a nota seria invalidada. Todos refizeram - e dali em diante quase não tive mais essa situação nessa turma.

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