quarta-feira, 30 de abril de 2014

Facilidades e dificuldades de tempo e espaço na EaD

    Tempo e espaço são noções fundamentais na vida. Especificamente na educação não é diferente. E quando se fala em Educação a distância são temas recorrentes e com toda razão.
    Uma das características mais lembradas da EaD é a sua importância na expansão do ensino superior, ao possibilitar acesso a pessoas que não o teriam normalmente por motivos de tempo e espaço geográfico.
    Este acesso é ótimo, fundamental, mas o tutor deve ser muito atencioso para auxiliar a seus alunos para que não se percam nessa fluidez tão necessária quanto perigosa.
    É a questão da motivação e da organização já tão discutida entre nós. É fundamental uma rotina mínima de estudos. Flexibilidade de tempo não pode virar tempo nenhum. Como virtual não pode virar sinônimo de brincadeira.
    Diante disso, é muito importante que o tutor possa acompanhar seus alunos motivando-os, orientando sobre o esforço necessário para um bom aproveitamento, alertando-os sobre prazos e encorajando-os a não deixarem tudo para última hora, mas que haja um bom aproveitamento das aulas com discussões pertinentes e tempo para, inclusive, esclarecimento de dúvidas.
    Se esses fatores forem bem observados, tempo e espaço são aliados preciosos na EaD!



terça-feira, 29 de abril de 2014

A interrelação de Tempo e Espaço na tutoria
            O tempo e o espaço na tutoria são indissociáveis, desse modo, o tempo está para o espaço, assim com este está para aquele. Diante do computador, a leitura parece carecer de rapidez, isso não significa dizer que devemos ler “de qualquer” modo, tampouco que qualquer conteúdo irá satisfazer nossas necessidades intelectuais, significa, apenas, que o leitor da tela parece ter a necessidade de respostas objetivas, pois o tempo de que ele precisará para produzir o saber estará, sobretudo, fora dela, estará no “espaço” particular da reflexão, onde construirá seus questionamentos e os transformará em aprendizagem. Por isso, a objetividade também deve estar associada ao tempo.
            Sendo assim, a quantidade de tempo que usamos para a atuação no Solar, por exemplo, não necessariamente corresponde ao nível de aprendizagem dos alunos porque há um tempo de que eles necessitam para a construção de seus saberes. Ou seja, participar de um Fórum de discussão todos os dias, por várias vezes, a meu ver, não corresponde ao meio fundamental de promoção da aprendizagem. Acredito ser relevante o estabelecimento de uma rotina que não “sufoque” o tempo de que eles precisam.

Penso que, com relação aos fóruns, participações com intervalos de um dia seria uma rotina satisfatória. Nesse dia, o espaço deveria ser aproveitado da melhor forma possível: objetivamente. Contudo, o tutor deve estar atento sempre, verificando, diariamente, se há alguma questão “urgente”, pois é importante que se entenda também que, no “espaço” particular do aluno, onde ele processa sua aprendizagem, podem ocorrer questionamentos que devem ser explicados imediatamente, e o conhecimento do tutor, naquele instante, pode ser o input de que ele necessita.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Antes de começar uma disciplina - Planejando... o Planejamento!


Bom dia professor e colegas de curso! Antes de tudo, queria dizer que espero que todos tenham tido uma boa páscoa, com muitas bençãos e luz!

Agora, vamos ao post! Antes de começar a disciplina acho importante ler o material do curso, criar um calendário e um planejamento. Vindo de muitos anos de uma vida em sala de aula como professora, me acostumei a fazer um planejamento de aula, o que me auxilia a sempre estar organizada para momentos como, por exemplo, o início de um fórum. Saber datas de início e fim de atividades também é uma forma de estar antenada com o tempo que tenho para trabalhar cada discussão que posso propor dentro do tema estudado, e ainda, enviar os já conhecidos e-mails lembrando aos alunos do início e fim de uma atividade.


Tendo lido o material, faço minhas próprias observações em cima do conteúdo, procurando buscar um link entre o conteúdo estudado e passado pelo solar, e outros conteúdos que já li ou posso ler para enriquecer o tema. Sendo assim, para cada fórum, planejo e já deixo escrito previamente algumas considerações que acho interessantes para permear a discussão, e posto-as de acordo com o número de dias que temos antes do fechamento do fórum e ainda considerando a forma como a discussão é conduzida no fórum. Algumas observações rendem mais que outras, por gerarem mais dúvidas ou curiosidade dos alunos, então precisa-se planejar, mas sempre com um espaço para a espontaneidade do que surgirá na nosa conversa. Se possível, busco algum notícia, reportagem ou até mesmo vídeos na internet que posso enviar aos alunos, como uma forma de verem na prática um exemplo do que estudamos.

Ainda antes de iniciar o curso, escrevo aos alunos me apresentando, comentando sobre nossa futura aula presencial e sobre como serão nossas atividades durante o curso. Nesse momento, aproveito já para enviar a eles as datas iniciais em que iniciaremos o primeiro fórum, primeira atividade de portfólio, e peço que já procedam com a leitura da Aula 1, para que durante essas atividades e ainda durante nossa aula presencial, possam já chegar com o conteúdo em mente para conversamos.

Uma vez iniciado o curso, acho importante se fazer presente e notado constantemente pelos alunos, como uma forma de dar a eles a segurança de que não desapareceremos, estaremos ali juntos durante esse processo de ensino. Acho importante o incentivo, a lembrança e a frequência. Como a maioria dos colegas, também trabalho em período integral – e não posso acessar o portal durante esse horário. Mas quando tenho turmas no solar, procuro entrar ao menos duas vezes ao dia: uma bem cedo, antes de ir ao trabalho e a outra no período da noite, quando retorno. Nesse momento chego os e-mails, dúvidas, participo do fórum (seja enviando novos questionamentos, respondendo a dúvidas dos alunos ou simplesmente comentando em cima do que eles vem discutindo). E sempre que envio um novo questionamento ao fórum, envio o mesmo texto por e-mail a todos da turma – como uma forma de constantemente convida-los a se fazer presente na nossa plataforma. Acho ainda importante, ao corrigir os portfólios, que essa correção seja realizada logo após o encerramento da data limite, e que contenha observações, se for o caso. Os alunos gostam de receber esse feedback, saber o que fizeram bem, o que não fizeram, e o que poderiam melhorar.

Falando em e-mail, durante o curso é um forte alido, rs. Aquele puxão de orelha necessário de vez em quando, durante todos os momentos do curso, vem via e-mail. É quando convido todos a participarem do fórum, lembro das datas, falamos do portfólio, dos chats planejados. Sempre tudo enviado por e-mail também, além do fórum.

E ao final da disciplina, procuro corrigir as avaliações com cuidado e atenção, analisando a evolução de cada aluno dentro do que foi pedido e acompanhado durante o nosso curso. E se possível, não demorar muito nessa tarefa: todos já fomos alunos e sabemos da ansiedade em receber resultados quando colocamos nossos esforços em uma tarefa. Coincidentemente, acompanho a mesma turma desde o início, tendo já sido tutora desse mesmo grupo em algumas disciplinas. Então não nos despedimos: geralmente dizemos um até logo! Costumo, no entanto, enviar aos alunos um e-mail pedindo que, se possível, façam uma avaliação do curso, do conteúdo, da tutora e da participação deles próprios na disciplina. E que dessa reflexão, voltem com a bateria recarregada para nosso próximo curso juntos. E como tutora, procuro fazer o mesmo e refletir sobre que pontos podem ser melhor trabalhados.

Espero não ter cansado os colegas com a leitura desse post!

Abraços!

sábado, 19 de abril de 2014

Como se trabalha com o tempo e o espaço nas atividades de tutoria

Olá, professor Cristófilo e turma.
O passo mais importante é ressaltar que somos tutores semi-presenciais, porém nunca podemos ficar muito tempo ausente do solar ou de alguma forma de comunicação que estabeleçamos com os nossos alunos. 
Muito se cobra dos alunos em relação a autonomia, porém não podemos esquecer que nós tutores também precisamos ser autônomos quanto a nossa atuação enquanto tutores. Respondendo o mais rápido aos questionamentos, dúvidas dos alunos, explicar como devem proceder com as atividades onlines e o mais importante é que eles tem disponível no solar todos os materiais disponíveis para auxiliá-los nas atividades. 
Uma forma muito positiva que encontrei para trabalhar com os meus alunos foi usar os meios de comunicação que são de fácil acesso para todas as pessoas. O grupo que criamos no facebook da nossa disciplina foi de grande ajuda para tirar as dúvidas sobre as atividades realizadas ou até mesmo para compartilhar informações referentes aos conteúdos estudados.
O tutor que está motivado com a sua atuação acaba sempre incentivando os seus alunos a realizarem o seu trabalho. 
Outro tipo de comunicação fundamental para um bom relacionamento do tutor com o aluno é o  feedback quanto aos resultados dos alunos na realização das atividades e a forma como apontamos o erros e como estes podem ser utilizados com um fator positivo na sua aprendizagem. 
O que me parece mais interessante para a nossa atuação na tutoria é sempre dá resposta aos alunos, mesmo que se trate de uma resposta que você não saiba responder de imediato, mas esclareça para ele que não tem a reposta de imediato, mas que vai buscar e assim que tiver com a resposta vai repassar pra eles.
 O tempo na tutoria é também algo muito precioso, as atividades tem prazo curto e a nossa reposta com os resultados tem que ser sempre imediata. Porque os alunos têm que está sempre motivados para a realização das atividades e sempre motivados a realizar pesquisas que lhe ajudarão a ampliar os seus conhecimentos na área que estão estudando.
E pra finalizar quero ressaltar que não existe uma forma pronta pra atuar na tutoria da EaD. Cada pessoa busca certas estratégias e aquelas que têm resultados mais positivos tem que está sempre se adequando aos perfis dos alunos e do próprio tutor.
Abraços 
Sandra Sousa




segunda-feira, 14 de abril de 2014




Tutoria e o Tempo no  EaD


o Tutor deve ter a habilidade de controlar seu tempo, uma vez  que é impraticável sua disponibilização em tempo integral para os alunos. O Tutor não sabe se o aluno assistirá à próxima tutoria ou se voltará a entrar em contato para consultá-lo; assim, aumentam a responsabilidade e o risco da sua ação, é importante alertar que a Educação a Distância flexibiliza o tempo e o local  de ensino e aprendizagem, mas é necessário, para essa modalidade de ensino, uma organização do tempo, um cronograma de estudo tanto para Tutores como para alunos. 
DAR FEEDBACK AO TRABALHO DOS ALUNOS:
Este será provavelmente o aspecto mais visível e que exige mais tempo na função do tutor. O tutor precisa de ser proficiente em: 
• estabelecer e comunicar expectativas claras para o trabalho dos alunos ;
• identificar pontos fortes e fracos na maneira como os alunos executaram o trabalho; 
• identificar áreas do conteúdo que eles tenham compreendido e áreas que sejam menos claras para eles;
•sugerir estratégias para consolidarem o que sabem e para melhorarem as suas proficiências. 

sábado, 12 de abril de 2014

Primeiros passos na prática como Tutora...


         Finalmente comecei a ser tutora. Vou na atuar em uma disciplina um pouco avançada, pois exige dos alunos o nível C2 em Língua Espanhola. Fui chamada para atuar no Pólo de Orós ministrando a disciplina de Práticas Orais em Língua Espanhola. A aula teve início no dia 10 de abril e, no momento, eu estava tendo problemas com a internet, mas no dia 12 de abril acabaram os problemas com a internet, graças a Deus. Tive problemas com as passagens do primeiro encontro presencial que será nesta segunda, dia 14 de abril, pois eu não coloquei na ficha o horário de ida e volta da viagem e por isso, não recebi passagem para o primeiro encontro presencial. Então eu comprei as passagens por minha conta e, resolvi perguntar para a coordenadora do curso como prestar conta, já que eu tinha comprado as passagens por minha conta, então ela me disse que eu deveria ter falado com ela com antecedência, pois ela teria pedido para a minha viagem ser adiada e, minhas passagens poderiam ser providenciadas e, pediu que eu não resolvesse mais nada sem falar com ela. Estou ansiosa para me encontrar com os alunos no dia 14 de abril e, espero não ter mais surpresas, mas o problema foi na comunicação.  A coordenadora é muito atenciosa e, que bom que posso contar com ela.


sexta-feira, 11 de abril de 2014

O tempo e o espaço nas atividades de tutoria - Por Sandra Soares



O tempo nunca é suficiente para tantas ações que devemos realizar. A sensação que tenho é que poderia ter feito mais, ter dito mais, ter contribuído mais. Mas há prazos a cumprir, por isso a importância do tutor se organizar para cumprir e fazer cumprir as metas.

Para o ensino a distância o tempo ganha uma relevância maior, no sentido de que 48h ou mesmo 24h sejam vistas pelos alunos como uma “eternidade”, principalmente quando estes estão esperando uma resposta (avaliação de atividade, mensagem enviada com uma dúvida etc.).


É preciso se fazer presente, todos os dias por meio de mensagens, perguntas no fórum, envio de material e outras estratégias que evidencie nossa presença e acompanhamento na caminhada do aluno. E quando por motivo justo, precisar se ausentar, avisar e disponibilizar outros recursos para casos urgentes (celular). 

Dessa forma, vamos preenchendo os espaços virtuais e consequentemente, conquistando a confiança de nossos discentes, que percebem a nossa disponibilidade em ajudá-los, o que muitas vezes implica em redirecionar, pontuar o que precisa ser melhorado.  

quarta-feira, 9 de abril de 2014



TUTORIA


De maneira geral, o tutor é o responsável por mediar o currículo, os interesses e as necessidades dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem. É seu papel favorecer um acompanhamento satisfatório dos conteúdos das aulas pelos alunos, além de incentivar uma comunicação ampla entre ele e os alunos e dos alunos entre si, assim considero as principais atribuições e desafios da ação tutorial as seguintes:
Comunicação aluno-tutor - Um dos desafios da ação tutorial é a forma como é feito o contato aluno-tutor. Na maioria das vezes, a comunicação se dá através da tecnologia (aulas a distância, mensagens, chat etc.). Assim, para saber se o estudante está acompanhando o curso satisfatoriamente, o tutor precisará ter iniciativa para comunicar-se com ele usando os recursos à sua disposição. Neste caso, é preciso ter sensibilidade para entender os diferentes estilos de aprendizagem que emergem em um curso a distância. Alguns estudantes tomam a iniciativa de contatar o tutor e os outros colegas; outros aguardam o incentivo de alguém para se manifestarem. Mas há ainda aqueles que se isolam completamente das discussões, tornando-se facilmente desmotivados. Sabe-se, porém, que a ação tutorial, na maioria das vezes, pode reverter situações de desistência ou abandono do curso.
Autonomia dos alunos - O tutor também é desafiado a orientar o processo educacional incentivando a autonomia dos alunos. Ao invés de entregar respostas prontas, deve proporcionar o debate, a troca de conhecimentos e a capacidade de cada aluno construir seus percursos de aprendizagem. Ao contrário do que pensam alguns, o estudante de EaD não deve ser um receptor passivo de conteúdos. Precisa desenvolver o senso crítico, a pesquisa e a colaboração entre os pares. É, portanto, papel do tutor construir um ambiente propício ao compartilhamento de idéias, sem preconceitos, no qual os participantes se sintam a vontade para se colocarem e conhecerem argumentos diferentes dos seus.
Conhecimento técnico - O tutor de deve dominar o conteúdo da disciplina  a ser ministrada, está preparado para as dúvidas dos alunos e ter conhecimento na área de tecnologia da informação, de forma a dominar o Sistema da Instituição onde o mesmo atua.
Assim estas atribuições são fundamentais no trabalho de tutoria e  parece que até o presente momento tem se revelado essencial no desenvolvimento satisfatório dos programas de EaD.

sábado, 5 de abril de 2014

A tríade do sucesso: a reflexão do “antes” que se transforma na prática do “durante” mediante o qual a sabedoria do “depois” os transforma em teoria e prática


Ministrar uma disciplina deve ser vista pelo educador como uma grande responsabilidade. Quando ele aceita ser o tutor de uma turma, está se responsabilizando por todo o processo de aprendizagem, em que algumas pessoas, com variadas peculiaridades, vão se envolver. Assim, é muito importante que reflita sobre tudo o que acontece antes e que poderá acontecer durante e após a disciplina, a fim de que o seu sucesso seja refletido no logro de um ensino e aprendizagem de excelência.
Desse modo, na fase “antes” da disciplina, o professor tutor deve ler todo o conteúdo das aulas, com o intuito de dirimir as lacunas que por ventura existam em seu arcabouço teórico. É importante que se ressalte, entretanto, que nem sempre isso poderá ser alcançado e é preciso ter humildade para reconhecer esse fato, pois essa atitude é que nos proporciona a vontade de aprender cada vez mais, segredo dos grandes profissionais: saber que não sabe de tudo, mas ter esperança de um dia consegui-lo, embora reconheça ser impossível (é um tanto contraditório, mas funciona!).

Uma segunda atitude que antecipa a disciplina é a fase do “se”. O professor tutor deve se fazer vários questionamentos sobre os desafios com os quais se poderá deparar: “se ministrar a primeira aula em língua estrangeira, será que não vai assustar os alunos?”; “e se for em língua materna, será que não vão se sentir desmotivados?”; “e se eles plagiarem os trabalhos, aplico nota zero e depois explico o porquê?”; “e se eles pedirem para ir para casa mais cedo, devo ceder sempre?” “ e se... e se... e se...”.
A fase “durante” a disciplina é a prática da reflexão instaurada  na fase “antes”. Se se preparou, o professor tutor vai conseguir ministrar uma boa aula; se refletiu sobre os “se”, vai saber encontrar estratégias que facilitem não apenas a relação professor-aluno, mas, sobretudo, o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa.
Finalmente, a fase “após” a disciplina é bem parecida com a fase “antes”, pois a palavra-chave de ambas as fases é reflexão. A diferença é que nesta, a reflexão é para o do agir futuro, naquela, é para o agir do passado. Assim, na fase “após”, os tutores devem refletir sobre tudo que deu certo, e claro, sobre o que não deu também, para que os acertos sejam exemplos para suas práticas futuras, e os erros, pontos a serem trabalhados, com o objetivo de, no futuro, transformarem-se em acertos em potencial. 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Sobre as ações didáticas do tutor

Antes de tudo acredito que o Curso Inicial de Formação de Tutores é basilar para que possamos desenvolver de modo positivo e significativo nossas ações no ensino à distância. Antes de qualquer orientação o que vem a mente é: Ah, como tutor devo responder às mensagens dos alunos, organizar chats e fóruns. Porém, essa não é nem a pontinha do iceberg de responsabilidades que temos como professor-tutor.


O tutor é um facilitador pedagógico do aprendizado. Devemos promover motivação e interação entre os alunos, afinal, a comunicação não se dá, exclusivamente, de tutor para aluno e vice-versa. Imagino um sistema com vários órgãos que precisam trabalhar juntos e o tutor é o responsável por estimular e prezar pela conexão entre esses órgãos para que trabalhem de forma efetiva. Além dessa conexão entre alunos, vale ressaltar que devemos estabelecer a conexão entre a EAD e o próprio aluno. É fazer a ponte entre a teoria e a prática, porém, não somos os detentores do conhecimento. É importante estimularmos a autonomia de cada aluno para que estes possam ser, também, indivíduos ativos no próprio processo de aprendizagem.

Para além das atividades didáticas, a EAD me possibilitou trabalhar de forma especial o contato com os meus alunos, o exercer o sentimento de empatia (sobre o qual falará o vídeo em seguida), de estudá-los para saber como eu poderia intervir de forma apropriada na superação dos desafios pelos quais os mesmos passavam. Portanto, deixo-lhes abaixo um vídeo que, entre outra competências do tutor, fala sobre a empatia; sobre o ser solidário com o outro, algo de extrema importância na EAD, pois percebo que os discentes da EAD são mais carentes de atenção que os alunos da modalidade presencial.

Curtam o vídeo! =)





Victor Lima

Ações didáticas importantes para se planejar disciplinas

Na minha opinião, todo o planejamento para as ações didáticas devem ter base no programa do curso, pois o considero como a espinha dorsal do mesmo.

Primeiramente, as ações didáticas dependerão dos assuntos a serem abordados:

- Alguns são melhor trabalhados com teorias e vídeos;
- Outros com artigos de sites e revistas;
- Existem assuntos mais passíveis de discussão - estes devem ser trabalhados nos chats.
- Temas que exigem o cálculo para seu completo domínio - estes exigem mais exercicios de fixação;

Além disso, o tutor deve conhecer bem sua turma, pois sempre poderá extrair destes suas experiências práticas e tentar adaptar as teorias à vivência de cada um.

Eu não acredito neste sistema EAD, me disse um colega de longas datas. "Nem eu", respondi de imediato. 
O tempo passou, a tecnologia avançou e a formação acadêmica se modificou. Em 2013 resolvi fazer parte de um grupo de professores que iria entrar nesta nova aventura. A experiência no primeiro momento foi esquisita, pois quase todo o treinamento era no modo virtual. Eu, que afirmei que não acreditava nesta modalidade de ensino, passei a ler mais sobre o assunto e percebi que há uma lógica muito parecida entre os dois modos de aprendizagem (virtual e presencial). Planejamento, disciplina, dinâmica adequada, tudo isto deve estar em ordem para que os resultados apareçam. Depois de finalizado o curso fui dar aulas em Sobral. https://www.metodista.br/atualiza/conteudo/material-de-apoio/entrevistas/entre-dois-ensinosO que aconteceu? Cenas do próximo capítulo...
Um pouco de suspense também motiva as aulas e traz bons resultados. 
Abraços fraternos. 
Prof. Paulo Henrique

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Sempre quis a docência superior

Sempre quis ser professor, Ainda mais universitário. Apesar de sempre ter sido muito tímido, imaginava que isso poderia ser trabalhado ao longo do tempo. Continuo tímido, mas vejo que esta característica não tira meus méritos de ser um bom profissional nem e vontade de continuar e crescer cada vez mais no ramo escolhido.

Desde pequeno brincava de escolinha, sozinho, com meus bonecos, sempre simulando uma sala de aula tradicional. Não imaginava na época que um dia algumas alternativas surgiriam para o processo de ensino-aprendizado em massa - como a EaD. Esta "brincadeira" já mostrava traços das minhas vocações e do que eu pretendia profissionalmente.

As apresentações de trabalhos na escola eram terríveis. Nunca me sentia à vontade. Já cheguei a elogiar professores pelos seus desempenhos perante o público, pois no momento não conseguia ser como eles.

Quando atingi a maioridade ingressei em curso universitário de licenciatura. Lá obtive muitos conhecimentos sobre educação em geral e algumas técnicas didáticas. Porém, o que mais me fez amadurecer foram os constantes seminários e feedbacks dos colegas de turma, buscando sempre a melhoria contínua.

Ao ingressar em Ciências Contábeis na UFC, já estava bem mais desenvolto nas apresentações. Fiz bom curso, fui bolsista de pesquisa. Logo após a colação de grau ingressei no Mestrado. Este sim foi a minha grande porta de entrada na docência.

Minha primeira experiência na docência foi muito boa, ela ocorreu logo após a conclusão do Mestrado. Por incrivel que pareça, estava muito tranquilo, apenas o velho embrulho no estômago (normal segundo muitos professores veteranos) e uma leve falta de apetite. Estava preparado. Havia estudado bastante e preparado muito material.

No transporte, no caminho, ia refletindo sobre o que estava me esperando do outro lado. Será que serei bem aceito? Será que "darei conta do recado"?

Quanto mais próximo do momento de contato com os alunos, mais relaxado eu ficava. Ao entrar em sala, imagino que eles tenham se surpreendido com o jovem professor - pois sempre aguardam alguém de mais experiente. A disciplina era Logística (assim como meu Mestrado), isso me dava mais segurança.

Apresentei-me, contei um pouco da minha carreira acadêmica, pedi que se apresentassem, explanei muitas coisas sobre a disciplina, consegui ser engraçado (foi muito bom), fui chamado de professor pela primeira vez (ótimo sentimento), de senhor também, enfim, finalizei o encontro com a sensação de dever cumprido, com mais motivação para continuar com o trabalho e ciente de que poderia fazê-lo bem melhor.

Hoje vejo isso tudo com bons olhos. Olhando para trás, vejo que evolui bastante. Cometi alguns erros, mas estes foram importantes para o meu desenvolvimento. Espero evoluir sempre mais para que cada vez mais possa contribuir para a formação de pessoas que farão uma sociedade mais justa e humana.
O desafio de ser TUTOR - EAD



Minha primeira experiência como tutor do sistema EAD, foi em 2010 como Tutora do Programa de Capacitação Profissional, destinado aos candidatos ao cargo de Professor Pleno I da Secretaria de Educação do Estado do Ceará, onde ministrei aulas presenciais e realizei acompanhamento a distância.

Inicialmente, nós participamos de uma formação para obter conhecimento sobre a plataforma EAD, conhecimentos específicos e a metodologia a ser adotada durante os encontros presenciais. Foi um grande desafio, pois, os alunos apresentaram uma grande barreira ao método adotado pelo Governo do Estado para realizar a seleção de professores do Estado. Os alunos não era a favor de uma formação continuada como parte de um processo seletivo. Além disso, a metodologia dos encontros presenciais eram altamente "engessados", e nós, professores, somos orientados a seguir a risca a metodologia repassada. Por algum tempo tentei resistir às opiniões dos alunos em alterar a metodologia e seguir a risca o que nos foi orientado. Porém, analisando o comportamento insatisfeito dos alunos (os quais também eram altamente comprometidos, haja vista que também eram professores), chegou um certo momento em que percebei que nós, na função de professores, devemos ser flexíveis quando o objetivo principal é aprendizagem, a troca de conhecimentos e experiências. Logo, modifiquei a metodologia para melhor atender os alunos, e ao final foi muito mais produtivo, conseguimos alcançar os objetivos propostos pelo curso, e os alunos fizeram uma avaliação satisfatória.

Outro grande desafio foi lidar com os alunos-professores com formação em diversas áreas (Matemática, Português, Letras, etc.), e com formação superior a minha (mestrado e doutorado). Mas, fiz desse desafio um momento oportuno para agregar valor à minha própria formação, onde, diante de questionamentos em que eu não sabia a respostas, eu instigava os alunos a me ajudarem, relatando suas experiências e conhecimentos. Assim, transformei um desafio (dificuldade minha) em uma oportunidade para potencializar minha própria aprendizagem e a dos demais alunos.

Ao final do curso, pude perceber o quanto foi produtivo, significativo e engrandecedor para a minha formação profissional e pessoal. Foi uma grande satisfação ter vencido os desafios, e ter realmente contribuído com a formação dos alunos e saber que eles também ficaram satisfeitos com a minha atuação enquanto professora. E, experiência desse tipo, nos faz perceber que a EAD é uma metodologia que pode sim ser eficaz, depende, na verdade, do compromisso tanto dos tutores como dos alunos e da capacidade do tutor em motivar seus alunos, incentivando-os a utilizarem o máximo possível as ferramentas disponibilizadas pela EAD, para assim otimizar o processo de ensino-aprendizagem.

Além disso, o tutor deve cada vez mais fomentar um ambiente interativo, aberto e flexível, permitindo que os alunos possam contribuir com ideias que facilitem o alcance dos objetivos da educação. Hoje, me sinto muito feliz em pode fazer parte da história da educação, contribuindo consequentemente com um mundo melhor.

Segue abaixo um vídeo que aborda sobre uma das principais competências do tutor, que é a EMPATIA, algo que compreendi bastante nesta minha primeira experiência como tutora, e que desde então a vivencio.


Agradeço a todos os colegas e ao professor por contribuírem, com suas experiências e conhecimentos, na minha formação enquanto tutora EAD. Um grande abraço!

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Experiência docente no Ensino Superior

Há muito, tinha o desejo de ser tutora da UAB/UFC. Lembro que quando ainda faltava um ano para minha formatura, procurei a coordenadora de tutores da área de Língua Espanhola e comentei com ela sobre essa minha vontade. Ela sorriu e disse: Gleicy, primeiro vai ter de se formar. Houve um curso de formação inicial do qual não pude participar por não ser graduada ainda, foi muito decepcionante para mim. Finalmente, graduei-me. Passados seis meses, a coordenadora convidou-me para atuar na EAD. Nossa! Foi uma alegria só! Então, mesmo ainda sem a formação inicial, iniciei minhas atividades enquanto Professora Tutora.
Imaginem vocês, caros colegas, meu processo de aprendizagem de como ser professora de graduação, e mais, na modalidade a distância, começou “na marra”, como se diz aqui no Ceará.  Assim, foi a partir da prática que, no Curso de Formação Inicial, que fiz um semestre depois do início de minha atuação, compreendi o que diz a teoria sobre EAD. Lembro-me que o meu maior medo era de não ministrar uma aula de excelência, já que havia acabado de sair da graduação. Imaginava que por não estar em uma Pós-graduação, não tinha arcabouço teórico e didático suficientes para ministrar uma aula de excelência no nível superior. Tinha medo de que os alunos perguntassem minha formação e me subestimassem por saberem que me havia formado há seis meses.
Um dia, refletindo sobre esses medos, conclui que a primeira pessoa que me estava subestimando era eu mesma. Lembrei-me dos grandes professores que tive na graduação, que mesmo inexperientes, ministravam excelentes aulas. Então, resolvi esse problema, preparando-me bastante para ser a professora de que todo aluno precisa, seja qual for o nível escolar em que esteja: a que estuda e prepara o seu emocional e intelectual para promover um eficiente processo de aprendizagem.
Como ultrapassei a maior barreira, a da insegurança, todas as outras se tornaram ultrapassáveis. Meus colegas tutores já experientes foram meus tutores de SOLAR, de viagens, de prestação de contas, de portfólios... Eles tornaram minha primeira experiência inesquecível, pois pude compreender o significado da palavra parceria. Pude refletir que são esses detalhes: uma troca de torpedo, e-mail, telefonema, para saber, por exemplo, que horas sai o último ônibus que nos levará de volta para casa (detalhes que não vão sair no Fantástico), que refletem verdadeiramente a parceria de tantos que, nos bastidores, lutam pela democratização da Educação.

Minha primeira experiência é inesquecível porque me proporcionou mais do que esperava, pois além de conseguir ser professora da graduação, pude ver que nós, os professores tutores,  juntos, “escondidinhos” pelos interiores, estamos lutando para que os brasileiros que almejam uma educação de nível superior a consigam por meio, inclusive, de nossos esforços.

A Constante Lição de ser Tutor(a)!

Devo começar esse texto esclarecendo um ponto que considero importante de ser dividido com quem lê: esse não foi um post fácil de ser escrito. Depois de algumas (várias!) tentativas, rabiscos e discussões internas, obtive o resultado que se apresenta adiante. E, mesmo tendo levado tanto tempo pra conseguir ser concluso, devo alertar de que não se trata de nenhuma obra prima! Acontece que, quando falamos sobre algo que faz parte da sua rotina de forma tão constante, ironicamente torna-se mais difícil falar a respeito. Mas vamos lá!
Minha primeira turma com esse ritmo (de aulas presenciais, rotina de fórum, atividades e material de estudo online) foi aqui mesmo no Solar, em uma disciplina intitulada "Instituições de Direito Público e Privado", há três anos atrás. Lembro de ter sentido certa ansiedade, de ter levantado inúmeros questionamentos, sendo o mais constante deles: será que consigo realmente estimular os alunos a estudar e aprender estando tão distante fisicamente?



Confesso que fiquei um pouco perdida a princípio.  Nesse momento, abro um pequeno parêntese: antes de ser tutora, fui aprendiz à distância. E isso foi, de certa, forma essencial para conseguir exercer (também) essa função hoje. Digo isso porque quando estamos do outro lado da moeda, entendemos as dificuldades, anseios, percepções e até mesmo alguma frustração que se apresente quando estudamos nessa modalidade. E ter tido essa experiência me abriu os olhos para entender o quanto é fundamental que o tutor se faça presente de todas as formas possíveis. E foi isso que pensei: tentar ser presente de todas as formas possíveis poderia ser uma resposta para meu questionamento, para meu medo. Mas daí a entender como seria realizar isso na prática, aí sim, era outra coisa.

Comecei tentando participar mais dos fóruns: procurava novos ângulos para enxergar o conteúdo que estudávamos; buscava pontos controversos na matéria a fim de provocar os alunos; diariamente comentava posts e tirava dúvidas que viessem a surgir; e o mais importante: constância. Todos os dias estava online, uma, duas, três vezes ao dia, sempre que podia, me conectava - era uma forma de nunca deixar que emails, posts ou dúvidas ficassem por muito tempo sem resposta.

Depois, percebi uma prática comum nos portfólios que os alunos enviavam: muitos trabalhos inteiramente copiados de páginas da internet - muitas vezes com conteúdos que sequer tinham relação alguma com a matéria. E esse sim, foi o maior desafio que encontrei uma vez que decidi me dedicar com afinco à tutoria. O primeiro portfólio, lembro que enviei um email coletivo, explicando a importância de se usar as próprias palavras, de procurar usar citações com o cuidado de dar a devida referência no texto, enfim. Instruí que poderiam reenviar a atividade - aqueles que desejassem - e estabeleci um prazo limite para tal. O resultado foi satisfatório, e aos poucos descobri que a turma foi perdendo o medo de "escrever". Dali em diante, passei a dar mais atenção a cada trabalho, e nos comentários sempre estabelecia dois pontos: algo que estava excelente e algo que poderia melhorar. Percebi ao longo do tempo que essa tática quase sempre dá muito certo.

Com o tempo, acredito que cada um de nós faz tantas tentativas que vamos aos poucos moldando nosso próprio estilo de tutoria - avaliando o que funciona, o que pode ser melhorado, o que precisa ser modificado. E assim como um professor de sala de aula, vamos constantemente nos reciclando, nos adaptando, nos dinamizando. Afinal, o que seria da tutoria no ensino à distância sem esse trabalho diário de dinamização, não é mesmo? E seguimos assim: nessa prática constante de construir juntos. Conhecendo os alunos, conhecendo as ferramentas e conhecendo nossa maneira de lidar com essa constante lição que é ser tutor(a)!

Semeando...




Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece (risos), e foi exatamente assim com a minha estreia na EAD. Lembro-me que estava bastante empolgado para iniciar os trabalhos, uma vez que já tinha participado de cursos nessa modalidade e a quantidade de ferramentas tecnológicas que viabilizam o aprendizado era bastante interessante; principalmente quando se trata de aprender um segundo idioma. Queria colocar em prática o que aprendi.

Logo de início fiquei responsável por três grupos. Duas disciplinas com dois polos aglutinados. As disciplinas começaram no inicio de março de 2013, se não me engano. De forma assíncrona, dei boas vindas às turmas com um texto bastante motivacional, apoiado de imagens e esses outros recursos que temos a mão quando se trata de um ambiente virtual. Até o momento não deu pra formular nenhuma opinião sobre os alunos, pois não havíamos tido nenhum contato real. Até então, tudo ok.

Chegou o dia do primeiro encontro presencial com a primeira turma. Apesar de ter algum tempo de docência, sempre fico nervoso com o primeiro contato com os alunos. Acredito que é natural. É uma situação nova, com pessoas que você nunca trabalhou antes. Tinha preparado uma aula com slides, com material auditivo, etc. Durante a aula algumas coisas foram aclarando na minha mente e comecei a perceber coisas que talvez não tivesse atentado antes. A turma não estava tão motivada, apesar do meu esforço em tirar-lhes o melhor. Na modalidade presencial isso também acontece, mais o que me preocupou foi a porcentagem com o que isso ocorria, pois 70% da turma parecia um pouco indiferente ao que estava sendo ensinado.

O encontro terminou e sai da aula um pouco frustrado. Pensei em que, talvez, tivesse algo a ver com meu desempenho como professor. O próximo encontro presencial com outra turma tinha chegado. Repensei as atividades. Melhorei pontos e abordagem que provavelmente mereciam um retoque. Porém, coincidentemente, a mesma sensação ocorreu novamente. Uma boa parte da turma desmotivada. Sem saber o real motivo de estar ali. Com a terceira turma foi um pouco diferente. Um grupo pequeno, com vontade de aprender, porém com deficiências consideráveis em relação ao nível que estavam no espanhol.

Após os primeiros encontros com a turma e depois de um tempo, da ausência dos alunos no Solar, dos trabalhos copiados da internet, etc, estava bastante triste. Conversei com alguns companheiros que já estavam há mais tempo na EAD, com minha coordenadora e foi ai que abri os olhos pra realidade e deficiências próprias da EAD. Até então não tinha tido uma orientação. Ainda não tinha feito o curso de tutor e entrei de cabeça nessa modalidade sem conhecê-la propriamente, como também, sem conhecer a realidade dos alunos.

Foi após ouvir a frase de um aluno: “Professor eu nisso aqui só por causa do certificado”, que eu tive que chamar a turma para conversar e dar um choque de realidade. Mostrar-lhes a importância daquela oportunidade. Fazer-lhes ver que foram eles que escolheram estarem ali e para não se sentirem frustrados pelas próprias escolhas, eles precisavam dar o melhor de si. A Universidade oferece um curso de licenciatura não para dar-lhes um certificado de licenciado, mas para oferecer o melhor aprendizado possível e fazer deles um profissional preparado, e eu como facilitador desse aprendizado precisava garantir isso. Tive que usar algumas palavras duras, mas que no final teve um efeito positivo.

Ainda estou hoje com duas das três turmas em um processo contínuo. Como profissional, é gratificante ouvir do coordenador do curso que alunos pediram para te colocarem na disciplina X. Isso não serve para inflar o meu ego de professor, ao contrário, motiva-me a querer sempre tirar o melhor dos meus alunos. É inexplicável olhar para o seus alunos e verem o progresso que tiveram no aprendizado de uma segunda língua. Não por mérito meu, mas por mérito deles.

Minha primeira vez foi difícil, mas acho que eu não seria um melhor professor hoje se eu não tivesse enfrentado os problemas que eu tive no início da docência na EAD e na qual acredito fortemente. Independente da modalidade, educar é isso... A gente vai plantando sementes e espera que elas floresçam, e quando florescem é como a alegria de ver a chuva em terras que há muito a esperam. =) 


Victor Lima